Seu texto foi mais "pessoal" do que o meu, mas fomos mais ou menos pelo mesmo caminho. Seu texto também foi mais analítico quanto às características do cara, enquanto eu foquei mais na questão de que ele era, sobretudo, um "conversador" — e de maneira alguma extremista ou radical, posto que o propósito era o diálogo, não a violência.
Também vi várias dezenas de clipes dele (após seu assassinato) procurando "defeitos", e fora o evangelismo piegas, um MAGAísmo meio cansativo às vezes, só tem uma coisinha aqui, outra ali, na qual ele peca por viés de confirmação, mas nunca por ser racista, machista e outros *istas. E uma vez só já estive em posição semelhante à dele, e cara, como ele era paciente e bom em esconder o riso ou as expressões de divertimento com a ignorância alheia, hahahaha
O cara foi bastante gentil, acolhedor e educado com todo mundo, até com gente abertamente muito hostil. E ele parece ter sido, de longe, muito mais inteligente, bem informado, razoável e persuasivo do que Trump e vários de sua entourage, Vance incluso. E dos "influencers" no campo MAGA, principalmente se comparado com os maluquinhos à lá Candace Owens, Tucker Carlson e afins, ele era simplesmente uma pessoa sã que estava muito longe deste esgoto de maluquices.
Uns 99,9% dos meus interlocutores e leitores me "chamaram na chincha" por ter manifestado meu horror ao assassinato de Kirk, que se deu ainda por cima num campus universitário -- quem acha que universidade é lugar de consenso o tempo todo não entendeu o espírito universitário. Mas já escrevi sobre isso no meu texto no Xibolete.
Meu ponto é constatar como todas essas pessoas afirmaram pra mim que Kirk era um supremacista arrombado. No entanto, nenhuma delas me mostrou qualquer vídeo que demonstrasse qualquer comprovação para suas alegações extremas.
Tenho certeza de que depois de eu mostrar seu texto pra elas o argumento vindouro será um ad hominem: "ahhh quem acredita que Eli é conservador? Sei, ele tem uma agenda assim e assado".
Seguramente o melhor texto que eu pude ler até o momento em inglês e português, sobre o homem e ativista Charlie Kirk, com reflexões acima da média sobre o ódio ideológico fautor de seu brutal e inaceitável assassinato. Escrito com destacado domínio da norma culta do idioma, altamente fundamentado e coerente quanto aos argumentos, cada um de seus parágrafos remete à integridade inspiradora para os homens que de boa-fé procuram transitar pelos caminhos da razão emancipatória. Em minha singela opinião, uma crônica para ser lida e relida, por conta de seu elevado valor para o plano das ideias e de seus respectivos debates.
A teoria da Grande Substituição não é refutada pela baixa fecundidade. Se a Coreia do Sul vier a ser extinta, isso ocorrerá como consequência de sua própria dinâmica populacional e cultural, e não por interferências estatais em políticas de imigração. A propósito, por que teorias como a do branqueamento populacional, adotada pelo Império do Brasil, são aceitas sob a perspectiva sociológica, enquanto a ideia de uma importação indiscriminada de imigrantes sem vínculo com a identidade cultural local é frequentemente rejeitada? Não se trata aqui de discutir se a teoria da Grande Substituição é moralmente ou economicamente correta, mas de observar os incentivos políticos: o grupo que mais se beneficia da imigração em larga escala, especialmente de pessoas sem forte identificação com a cultura branca e cristã da América, são os democratas. Isso não ocorre necessariamente porque desejem a extinção do grupo branco, mas porque a diluição dessa identidade pode resultar em mais votos para a esquerda, ainda que isso resulte na dissolução cultural e étnica.
Marcia escreveu em uma carta ao apresentador que a convidou, mas, sigilosamente, também chamou Kataguiri. Um trecho da carta: "(...) Em um dia muito importante para a história brasileira, marcado por mais uma violação explícita da Constituição da República, não me é admissível participar de um programa que tenderia a se transformar em um grotesco espetáculo no qual duas linguagens que não se conectam seriam expostas em uma espécie de ringue, no qual argumentos perdem sentido diante de um já conhecido discurso pronto (fiz uma reflexão teórica sobre isso em “A Arte de escrever para idiotas”), que conta com vários divulgadores, de pós-adolescentes a conhecidos psicóticos; que investe em produzir confusão a partir de ideias vazias, chavões, estereótipos ideológicos, mistificações, apologia ao autoritarismo e outros recursos retóricos que levam ao vazio do pensamento."
"Essa ideia não explica, por exemplo, por que razão as pessoas de países ricos estão tendo cada vez menos filhos. Por acaso os imigrantes de outras culturas e raças estão impedindo ingleses brancos de se reproduzirem?" - ao inundar o mercado de trabalho com imigrantes o valor da mão de obra cai o que impede a manutenção de um padrão de vida. Sabemos que populações reproduzem "pra frente", ou seja, raramente aceitam bem retrocessos no padrão de vida. Apesar de ser um problema multifatorial (e a cultura é o determinante, acho), manter o pobre de fato pobre (como no Brasil) é uma forma de manter o status quo e impedir a ascenção social de determinados grupos. Não à toa o Brasil mantém seus pobres (negros) burros impedindo qualquer possibilidade de mudança social real (uma economia industrial e, eventualmente, pós industrial, p.ex.). No caso da imigração, veja que a Lei de Imigração americana é de 1971. O que aconteceu em 1972?
Muito bonito e respeitoso. Oro que para Deus desperte ainda no seu coração.
Seu texto foi mais "pessoal" do que o meu, mas fomos mais ou menos pelo mesmo caminho. Seu texto também foi mais analítico quanto às características do cara, enquanto eu foquei mais na questão de que ele era, sobretudo, um "conversador" — e de maneira alguma extremista ou radical, posto que o propósito era o diálogo, não a violência.
Também vi várias dezenas de clipes dele (após seu assassinato) procurando "defeitos", e fora o evangelismo piegas, um MAGAísmo meio cansativo às vezes, só tem uma coisinha aqui, outra ali, na qual ele peca por viés de confirmação, mas nunca por ser racista, machista e outros *istas. E uma vez só já estive em posição semelhante à dele, e cara, como ele era paciente e bom em esconder o riso ou as expressões de divertimento com a ignorância alheia, hahahaha
O cara foi bastante gentil, acolhedor e educado com todo mundo, até com gente abertamente muito hostil. E ele parece ter sido, de longe, muito mais inteligente, bem informado, razoável e persuasivo do que Trump e vários de sua entourage, Vance incluso. E dos "influencers" no campo MAGA, principalmente se comparado com os maluquinhos à lá Candace Owens, Tucker Carlson e afins, ele era simplesmente uma pessoa sã que estava muito longe deste esgoto de maluquices.
Uns 99,9% dos meus interlocutores e leitores me "chamaram na chincha" por ter manifestado meu horror ao assassinato de Kirk, que se deu ainda por cima num campus universitário -- quem acha que universidade é lugar de consenso o tempo todo não entendeu o espírito universitário. Mas já escrevi sobre isso no meu texto no Xibolete.
Meu ponto é constatar como todas essas pessoas afirmaram pra mim que Kirk era um supremacista arrombado. No entanto, nenhuma delas me mostrou qualquer vídeo que demonstrasse qualquer comprovação para suas alegações extremas.
Tenho certeza de que depois de eu mostrar seu texto pra elas o argumento vindouro será um ad hominem: "ahhh quem acredita que Eli é conservador? Sei, ele tem uma agenda assim e assado".
Enfim, a mesma irrazoabilidade de sempre.
Bom texto. Corroborou minhas suspeitas.
Seguramente o melhor texto que eu pude ler até o momento em inglês e português, sobre o homem e ativista Charlie Kirk, com reflexões acima da média sobre o ódio ideológico fautor de seu brutal e inaceitável assassinato. Escrito com destacado domínio da norma culta do idioma, altamente fundamentado e coerente quanto aos argumentos, cada um de seus parágrafos remete à integridade inspiradora para os homens que de boa-fé procuram transitar pelos caminhos da razão emancipatória. Em minha singela opinião, uma crônica para ser lida e relida, por conta de seu elevado valor para o plano das ideias e de seus respectivos debates.
Muito gentil, obrigado pelo comentário, Leandro!
Caro Eli, esteja certo de que eu lhe agradeço muito mais pelo notável texto que você elaborou. Vida longa e muitas realizações!
Parabéns pela honesta e bela matéria!
A teoria da Grande Substituição não é refutada pela baixa fecundidade. Se a Coreia do Sul vier a ser extinta, isso ocorrerá como consequência de sua própria dinâmica populacional e cultural, e não por interferências estatais em políticas de imigração. A propósito, por que teorias como a do branqueamento populacional, adotada pelo Império do Brasil, são aceitas sob a perspectiva sociológica, enquanto a ideia de uma importação indiscriminada de imigrantes sem vínculo com a identidade cultural local é frequentemente rejeitada? Não se trata aqui de discutir se a teoria da Grande Substituição é moralmente ou economicamente correta, mas de observar os incentivos políticos: o grupo que mais se beneficia da imigração em larga escala, especialmente de pessoas sem forte identificação com a cultura branca e cristã da América, são os democratas. Isso não ocorre necessariamente porque desejem a extinção do grupo branco, mas porque a diluição dessa identidade pode resultar em mais votos para a esquerda, ainda que isso resulte na dissolução cultural e étnica.
"Quando o deputado Kim Kataguiri, a quem ela (Marcia Tiburi) já xingou de fascista, apareceu para debater com ela em uma rádio, em 2018, ela fugiu."
Explique melhor isso. Não é honesto dizer que ela "fugiu" de um debate.
Marcia escreveu em uma carta ao apresentador que a convidou, mas, sigilosamente, também chamou Kataguiri. Um trecho da carta: "(...) Em um dia muito importante para a história brasileira, marcado por mais uma violação explícita da Constituição da República, não me é admissível participar de um programa que tenderia a se transformar em um grotesco espetáculo no qual duas linguagens que não se conectam seriam expostas em uma espécie de ringue, no qual argumentos perdem sentido diante de um já conhecido discurso pronto (fiz uma reflexão teórica sobre isso em “A Arte de escrever para idiotas”), que conta com vários divulgadores, de pós-adolescentes a conhecidos psicóticos; que investe em produzir confusão a partir de ideias vazias, chavões, estereótipos ideológicos, mistificações, apologia ao autoritarismo e outros recursos retóricos que levam ao vazio do pensamento."
Agora tenho certeza: ela fugiu.
Então V.Sa. não está numa numa "posição rara para avaliar".
Espero ter contribuído.
"Essa ideia não explica, por exemplo, por que razão as pessoas de países ricos estão tendo cada vez menos filhos. Por acaso os imigrantes de outras culturas e raças estão impedindo ingleses brancos de se reproduzirem?" - ao inundar o mercado de trabalho com imigrantes o valor da mão de obra cai o que impede a manutenção de um padrão de vida. Sabemos que populações reproduzem "pra frente", ou seja, raramente aceitam bem retrocessos no padrão de vida. Apesar de ser um problema multifatorial (e a cultura é o determinante, acho), manter o pobre de fato pobre (como no Brasil) é uma forma de manter o status quo e impedir a ascenção social de determinados grupos. Não à toa o Brasil mantém seus pobres (negros) burros impedindo qualquer possibilidade de mudança social real (uma economia industrial e, eventualmente, pós industrial, p.ex.). No caso da imigração, veja que a Lei de Imigração americana é de 1971. O que aconteceu em 1972?