O curioso caso de quando o Olavo de Carvalho concordou com a esquerda
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Em tempos de renovado espaço na Folha de São Paulo, a última coisa que Olavão quer que nós lembremos é que ele já concordou - e muito - com certa parte da esquerda. Na verdade, ele continua concordando entusiasticamente, como veremos. A história é bem conhecida em círculos intelectuais, e merece mais divulgação para a população em geral.No fim da década de 1990, um movimento mais ou menos difuso de ideias, chamado de "pós-modernismo", estava em seu ápice. As ideias mais comuns veiculadas por esse movimento não são muito novas - por exemplo, relativismo epistemológico, relativismo moral, redução de problemas intelectuais a quedas de braço de interesses cegos (políticos, pessoais, étnicos, econômicos) em detrimento da confiança iluminista em verdade, objetividade, imparcialidade etc. Evidentemente, para abraçar as últimas não é necessário ser cego para com vieses. No entanto, ao desistir totalmente delas, o pós-modernismo viu-se dando espaço para a aceitação de visões acriticamente pessimistas das capacidades humanas de raciocínio integrativo e ceticismo crítico (em oposição à dúvida teimosa sobre tudo conhecida como ceticismo pirrônico). Até algumas pessoas que não se encaixam totalmente na definição de "pós-moderno", como Michel Foucault, acabaram caindo em algumas de suas armadilhas - notoriamente, Foucault acabou apoiando a "revolução" dos aiatolás no Irã, e é difícil disfarçar que isso foi por relativismo cultural (que o que é certo ou errado moralmente depende totalmente da cultura em que estamos). O pós-modernismo, se não nasceu totalmente da esquerda, foi alimentado entusiasticamente por seus seios fartos.
O curioso caso de quando o Olavo de Carvalho concordou com a esquerda
O curioso caso de quando o Olavo de Carvalho…
O curioso caso de quando o Olavo de Carvalho concordou com a esquerda
Em tempos de renovado espaço na Folha de São Paulo, a última coisa que Olavão quer que nós lembremos é que ele já concordou - e muito - com certa parte da esquerda. Na verdade, ele continua concordando entusiasticamente, como veremos. A história é bem conhecida em círculos intelectuais, e merece mais divulgação para a população em geral.No fim da década de 1990, um movimento mais ou menos difuso de ideias, chamado de "pós-modernismo", estava em seu ápice. As ideias mais comuns veiculadas por esse movimento não são muito novas - por exemplo, relativismo epistemológico, relativismo moral, redução de problemas intelectuais a quedas de braço de interesses cegos (políticos, pessoais, étnicos, econômicos) em detrimento da confiança iluminista em verdade, objetividade, imparcialidade etc. Evidentemente, para abraçar as últimas não é necessário ser cego para com vieses. No entanto, ao desistir totalmente delas, o pós-modernismo viu-se dando espaço para a aceitação de visões acriticamente pessimistas das capacidades humanas de raciocínio integrativo e ceticismo crítico (em oposição à dúvida teimosa sobre tudo conhecida como ceticismo pirrônico). Até algumas pessoas que não se encaixam totalmente na definição de "pós-moderno", como Michel Foucault, acabaram caindo em algumas de suas armadilhas - notoriamente, Foucault acabou apoiando a "revolução" dos aiatolás no Irã, e é difícil disfarçar que isso foi por relativismo cultural (que o que é certo ou errado moralmente depende totalmente da cultura em que estamos). O pós-modernismo, se não nasceu totalmente da esquerda, foi alimentado entusiasticamente por seus seios fartos.