Ocasiões em que o movimento LGBT errou no Brasil, na minha opinião: - Quando a maioria concordou que Levy Fidélix incitou a violência. Eu tive discussões épicas sobre isso com gente que respeito muito, mas que continuo acreditando que está errada. O que Fidélix disse naquele debate de candidatos à presidência foi homofobia, foi ódio, foi tudo de feio, mas não foi incitação à violência. Eu vi de tudo para forçar a barra nesse sentido, o que eu achei mais alarmante foi uma tentativa de alargar o conceito de "violência" do senso comum para algo que inclua palavras desagradáveis. Sabe como isso parece para um observador não envolvido? Que o movimento LGBT, quando é conveniente, muda o sentido das palavras, com o propósito de, na ausência de lei criminalizando discurso homofóbico, punir discurso homofóbico pintando-o como outra coisa: incitação à violência. Contei este caso para a filósofa Susan Haack, que recentemente publicou um livro em filosofia do direito ("Evidence Matters"). Ela concordou: o que é contemplado pela lei é violência física, é incitação a socos, linchamentos, pontapés, e num país em que linchamentos ainda são um problema é muito importante que a lei coíba isso. Esticar o conceito de "violência" para incluir palavras preconceituosas é uma estratégia ruim.
In Dubio Pro Hell: dois erros do ativismo LGBT
In Dubio Pro Hell: dois erros do ativismo…
In Dubio Pro Hell: dois erros do ativismo LGBT
Ocasiões em que o movimento LGBT errou no Brasil, na minha opinião: - Quando a maioria concordou que Levy Fidélix incitou a violência. Eu tive discussões épicas sobre isso com gente que respeito muito, mas que continuo acreditando que está errada. O que Fidélix disse naquele debate de candidatos à presidência foi homofobia, foi ódio, foi tudo de feio, mas não foi incitação à violência. Eu vi de tudo para forçar a barra nesse sentido, o que eu achei mais alarmante foi uma tentativa de alargar o conceito de "violência" do senso comum para algo que inclua palavras desagradáveis. Sabe como isso parece para um observador não envolvido? Que o movimento LGBT, quando é conveniente, muda o sentido das palavras, com o propósito de, na ausência de lei criminalizando discurso homofóbico, punir discurso homofóbico pintando-o como outra coisa: incitação à violência. Contei este caso para a filósofa Susan Haack, que recentemente publicou um livro em filosofia do direito ("Evidence Matters"). Ela concordou: o que é contemplado pela lei é violência física, é incitação a socos, linchamentos, pontapés, e num país em que linchamentos ainda são um problema é muito importante que a lei coíba isso. Esticar o conceito de "violência" para incluir palavras preconceituosas é uma estratégia ruim.